Estacas
A solução “parede-diafragma com estacas secantes” vem ganhando mercado, sendo uma concorrente direta da parede-diafragma executada com o auxílio da lama bentonítica. Tal fato se deve à sua grande versatilidade quando comparada com as técnicas tradicionais, por tratar-se de processo limpo, que envolve equipamentos de menor porte, além de penetrar em materiais de grande resistência tais como argila dura e rocha gnaisse. As estacas secantes são um tipo de contenção indicado principalmente quando se tem solos arenosos na presença de água, com limitações de até 17 m de profundidade.
Sua execução segue a seguinte metodologia:
•Perfuração O equipamento utilizado na execução da cortina de estacas secantes é uma perfuratriz de hélice contínua que possui um acessório na torre de perfuração, chamado “cabeça dupla”, que possibilita a execução de perfuração encostada na divisa e o recorte de peças de concreto.
A cabeça dupla é composta por um tubo de revestimento que gira no sentido anti-horário e um trado helicoidal que gira no sentido horário, de modo que o tubo de revestimento perfura e o trado helicoidal limpa a parte interna da perfuração.
A ponta do tubo de revestimento é composta por aço-vídea que possibilita o recorte de peças de concreto.
•Concretagem Faz parte do processo de execução o preenchimento das estacas com argamassa fluida pós-misturada de cimento e areia, fornecida por silos ou com argamassa proveniente de usina transportada por caminhão betoneira.
•Armação As primeiras estacas executadas na obra não devem ser armadas, ou seja, devem ser apenas preenchidas com argamassa. As peças devem ser implantadas deixando-se a previsão para a execução, em uma segunda etapa, de outras estacas entre as já preenchidas com argamassa. As estacas da segunda etapa devem recortar as estacas já preenchidas, de forma a promover a interação de toda a cortina. Essas estacas da segunda etapa receberão a armação necessária para suportar a solicitação dos