esquizofrenia
Em Freud, as elaborações sobre os fenômenos esquizofrênicos estão permeadas pela teoria da libido, bem como por sua investigação em relação ao inconsciente,destacando-se o funcionamento da linguagem via modo de satisfação pulsional auto- erótico, observado na linguagem de órgão ou nos fenômenos hipocondríacos. Destaca-se,também, a eterioridade dos mecanismos do inconsciente que se apresentam de forma desvelada, tal como os fenômenos esquizofrênicos que surgem sob a forma da palavra como coisa: manifestação de expressões neológicas, a salada ou copulação das palavras, a concretude de fala que traz um enunciado sem a articulação dos representantes psíquicos com o funcionamento inconsciente, pois não houve o recalque. Como conseqüência disso, há uma prevalência do funcionamento da representação de palavra que não se vincula à representação de coisa como recalcada, não operando o mecanismo da subtituição. E, nessa caso, a palavra é tomada como coisa.
A Imagem que um esquizofrênico tem de si, é uma imagem fragmentada, pois não aconteceu com ele uma identificação imaginária, que segundo Freud(1914) seria possível através de uma nova ação psíquica que se adicionasse ao auto- erotismo e pudesse provocar o narcisismo.
Em Lacan, verificamos que as elaborações referentes àesquizofrenia privilegiaram a alteração na função do imaginário, no sentido de não ser consistente, como aquilo que não foi regulado pelo simbólico. Fazendo uma distinção com a paranóia, cujo simbólico também não e operante, mas há umeu muit consistente, na esquizofrenia não há a sustentação do eu, pois não houve a fixação de uma imagem unificadora, permanecendo aquém da alienação imaginaria do eu. Nesse caso, a imagem não totalizante. Trata-se da fragmentação doimaginário e.por seguinte, partes disjuntas do corpo que funcionam sozinhas, não coordenadas pelo simbólico.
A esquizofrenia consiste então, numa não estruturação do eu, ou pelo menos numa desorganização, ou se preferir numa