esquizofrenia
FACULDADE METROPOLITANA DE GUARAMIRIM – FAMEG
FACULDADE DO GRUPO UNIASSELVI
Curso: Psicologia 1.7
Disciplina: Psicologia e Saúde Pública
Professor: Jeovane Gomes de Faria
Acadêmica: Norma Salai Schrauth
RESENHA SOBRE DOCUMENTÁRIO: ESTAMIRA
NORMA SALAI SCHRAUTH
Autor: MARCOS PRADO
Estamira, filme de Marcos Prado de 2006, nos mostra uma experiência de limite. Todo limite nos joga na tensão entre a forma e a sua dissolução.
Estamira nos surpreende com inúmeros excessos: da miséria, da dor, da negligencia, da violência, do abuso sexual, e de todo lixo que chega diariamente no aterro sanitário do Jardim Gramado na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
Estamira uma mulher de 63 anos, diagnosticada como esquizofrênica, e a 20 anos vive recolhendo lixo para seu sustento. Ela fala, grita, pensa, demonstra, faz, olha, argumenta. Revela que até no meio dos escombros existe vida. Ela nos mostra nossa cegueira diante dos miseráveis. Ela é uma mulher sensível, que faz o resto do mundo pequeno, seu discurso adquiriria outra significação para nós se tivermos visão de entendê-lo. A missão dela é revelar a verdade.
Falas dela:
Depósito de cegos e descuidados, proteger as coisas com cuidado. Miséria não, mas regras sim. Quem economiza tem. – Quanto menos as pessoas têm mais jogam fora. - Eu Estamira sou a maior, ninguém pode viver sem mim. Tudo é usado, a água, o fogo e Estamira também. – Eu tenho a impressão que serei muito feliz. - minha mãe ficou perturbada mais do que eu, pois eu sei distinguir as perturbações. Os Deuses são cientistas controlam as luzes.
Estamira não tem papas na língua. Sua revolta surge misturada com seu delírio e traços de lucidez. Ela não gosta de encontrar Doutores “copiadores de Receita”, fala com indignação, sobre remédios que lhes são prescritos, não aceita a sua doença. Ela diz, não sou louca, sinto choques na cabeça, toma remédios que diz ser prescritos pela quadrilha, ela