Esquistossomose
A esquistossomose ou bilharzíase é uma doença crônica causada por platelmintos parasitas e multicelulares do gênero Schistosoma. É a mais grave forma de parasitose por organismo multicelular, matando centenas de milhares de pessoas por ano.
Existem seis espécies de Schistosoma que podem causar a esquistossomose ao homem: S. hematobium, S. intercalatum, S. japonicum, S. malayensis, S. mansoni e S. mekongi. Destas, apenas S. mansoni é encontrada no continente americano.
Progressão e sintomas
A fase de penetração é o nome dado a sintomas que podem ocorrer quando da penetração da cercária na pele, mas mais frequentemente é assintomática, exceto em indivíduos já infectados antes. Nestes casos é comum surgir eritema (vermelhidão), reação de sensibilidade com urticária (dermatite cercariana) e prurido e pele avermelhada ou pápulas na pele no local penetrado, que duram alguns dias.
Na fase inicial ou aguda, a disseminação das larvas pelo sangue, e principalmente o início da postura de ovos nas veias que vão para o fígado ativa o sistema Bulateral surgindo Bolinhas de pus, mal estar, cefaléias (dores de cabeça), astenia (fraqueza), dor abdominal, diarreia sanguinolenta, dispnéia (falta de ar), hemoptise (tosse com sangue), artralgias, linfonodomegalia e esplenomegalia, um conjunto de sintomas conhecido por síndrome de Katayama, que geralmente aparece após três a nove semanas após a penetração das cercárias. Nas análises sanguíneas há eosinofilia (aumento dos eosinófilos, células do sistema imunitário antiparasitas). Estes quadros só ocorrem secundariamente à hipersensibilidade ao parasita, sendo uma doença mais comum em pacientes moradores de áreas não endêmicas que se expõem a coleções hídricas contaminadas. Estes quadros duram em geral alguns dias, mas podem durar até meses e em casos raros podem ser fatais. Estes pacientes apresentam grandes granulomas periovulares necrótico-exsudativos dispersos pelos intestinos, fígado e outros órgãos. Estes