Esquistossomose
A esquistossomose, popularmente conhecida como Barriga d’Água ou bilharzíase, é uma doença crônica causada por platelmintos parasitas do gênero Schistosoma. Existem 06 espécies de Schistosoma que podem causar a doença: S. haematobium, S. intercalatum, S. japonicum, S. malayensis, S. mansoni e S. mekongi.
História A esquistossomose foi descrita cientificamente em 1851 pelo médico alemão T. Bilharz (daí o nome bilharzíase), mas existem indícios da existência da doença que datam da era egípcia. Arqueólogos encontraram muitas múmias com lesões decorrentes da esquistossomose, causada pela espécie S. haematobium. O ponto alto da agricultura egípcia era durante as cheias do rio Nilo, e com elas vinham os caramujos portadores das cercárias (forma larval pluricelular do esquistossomo). Na época, os agricultores não utilizavam calçados, facilitando a penetração das cercárias através da pele dos pés e favorecendo o aumento dos casos da doença.
Progressão e sintomas A fase de penetração é o nome dado à fase em que a cercaria penetra na pele. É uma fase assintomática, exceto no caso de indivíduos já infectados anteriormente. Quando isso ocorre, os sintomas apresentados são: vermelhidão (eritema), reação de sensibilidade com urticária (dermatite cercariana) e coceira (prurido), além de pequenos inchaços esféricos (pápulas) no local da penetração. Já na fase inicial ou aguda, acontece a disseminação das larvas pelo sangue e a postura de ovos nas veias. Quando atingem o fígado, surgem bolinhas de pus e causam mal-estar, dores de cabeça (cefaléia), fraqueza (astemia), dor abdominal, diarréia sanguinolenta (melena), falta de ar (dispnéia), tosse com sangue (hemoptise), dores nas articulações (artralgias), inchaço dos nódulos linfáticos (linfonodomegalia) e do baço (esplenomegalia). Esse conjunto de sintomas é conhecido como síndrome de Katayama, e geralmente aparecem após 3 a 9 semanas da penetração das cercárias. A síndrome geralmente dura alguns