Espírito santo
Segundo a explicação tradicional, o pecado contra o Espírito Santo consiste na resistência contra a obra do Espírito de nos convencer do pecado. Quando o Espírito de Deus atua em nossa consciência, mostrando um pecado, e resistimos à voz de Deus, então esta voz tende a diminuir. Chamamos popularmente este processo de cauterização da consciência, ou seja, o pecado se torna algo tão comum que a voz de Deus não mais é ouvida e o pecador não sente mais a necessidade de perdão. Será que Cristo se referia a essa cauterização de consciência quando falou de pecado contra o Espírito Santo?
Vamos analisar o contexto de Mateus 12 e Marcos 3, os dois capítulos que falam sobre a blasfêmia contra o Espírito Santo.
Antes de analisarmos o texto, vamos entender o que é “blasfêmia”. Entenda-se como blasfemar: insultar, afrontar, injuriar, difamar. Em outras palavras, é uma ofensa extremamente grave.
No evangelho segundo Mateus 12:31-32, está escrito: “Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.
E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro. “
A Bíblia de Estudo Pentecostal explica: “A blasfêmia contra o Espírito Santo é a rejeição contínua e deliberada do testemunho que o Espírito Santo dá de Cristo, da sua Palavra e da sua obra de convencer o homem, do pecado.”
De acordo com Mateus 12:22-32 e Marcos 3:20-30, Jesus estava sendo acusado de expulsar demônios pelo poder de Satanás, o maioral dos demônios. Cristo afirmou que foi através do Espírito Santo que o demônio foi expulso:
“Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus. “
Mateus 12:28
Mas o que Cristo quis dizer que os pecados contra o Filho do Homem seriam perdoados, mas contra o Espírito Santo não seriam?