Espotação na bahia

3284 palavras 14 páginas
UMA PROPOSTA DE EDIÇÃO PARA
BAHIA LIVRE EXPORTAÇÃO, DE JUREMA PENNA
Isabela Santos de Almeida (IFBaiano) izzalmeida@gmail.com Rosa Borges dos Santos (UFBA) borgesrosa6@yahoo.com.br 1.

Considerações iniciais

Os estudos da história recente do teatro baiano, produzido no período da ditadura militar, têm apontado para a necessidade de tomá-lo como objeto de estudo. Histórias e relatos, que inicialmente eram vistos como pertencentes a uma memória subjetiva, são agora compreendidos como objetos para análise científica, a partir dos quais se podem ler as representações culturais da Bahia dos anos 60,
70 e 80 do século XX. Essas memórias tornam-se ponto de partida para as investigações e por meio delas, é possível localizar valiosos testemunhos em acervos públicos e particulares que guardam as inscrições desse período.
Boa parte desses estudos se desenvolve no âmbito dos programas de pós-graduação da Universidade Federal da Bahia. Vale pontuar, dentre outros, os de Raimundo Matos de Leão (2006) e de
Jussilene Santana (2006), no Programa de Pós-graduação em Artes
Cênicas. No âmbito das Letras, destaca-se o trabalho de Ludmila Antunes de Jesus (2008, p. 202), no Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística, que toma como orientação teórico-metodológica a perspectiva dos estudos filológicos, especificamente, da Crítica Textual, disciplina “que se ocupa de la conservación, restauración y presentación de los textos.” (PÉREZ PRIEGO, 1997, p. 9). Apoiado no aparato teórico metodológico da Crítica Textual, o editor buscará fixar um estado do texto criticamente estabelecido, que dê conta de representar a sua tradição e transmissão.
Com esse intuito, os pesquisadores em Crítica Textual definem o texto teatral como seu objeto de estudo. Sendo este um texto fluído, composto por várias mãos, envolvendo diversas linguagens cênicas, diversificados momentos e níveis de escrita, e logo, dotado de especificidades que vão além daqueles problemas de edição

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