espontaneidade
Diz Moreno: “Se o século XIX buscou o mínimo denominador comum da humanidade – o inconsciente – o século XX descobriu (ou redescobriu) seu máximo denominador comum: a espontaneidade e a criatividade.
Em 1911 Moreno escreveu: “Quando Deus criou o mundo, começou a fazer cada homem como uma maquina (..) tudo parecia confortável, seguro e suave, mas então , reconsiderou, Sorriu , e colocou uma centelha de espontaneidade em cada máquina. A partir daí começaram os problemas, e também começou a alegria de viver.”
Então, o homem espontâneo é o modelo de Moreno, ele diz que este é o requisito indispensável para a mudança do mundo a partir do desenvolvimento da Criatividade.
Não há criatividade sem espontaneidade.
Mas o que é espontaneidade? Espontaneidade é a capacidade de dar respostas novas a situações conhecidas e respostas adequadas a situações novas.
Moreno opõe a espontaneidade à ansiedade, diz que ao aumentar uma, diminui a outra, ele afirma também que no pânico a espontaneidade é zero.
Também contrapõe espontaneidade à impulsividade, que define como espontaneidade patológica.
Moreno quando fala de espontaneidade e angustia, usa praticamente termos que Kierkegaard usou para falar da liberdade que diz:
“Quanto maior é a liberdade potencial de um individuo, quanto maior for sua capacidade criativa, maior o potencial de angustia”
O importante aqui, é formular a correspondência entre angustia e espontaneidade, como duas faces de um mesmo processo.
A angústia é definida como uma resposta global do organismo perante estímulos e situações perturbadoras, seria uma reação de sobressalto, não aprendida pré-emocional e adaptativa já a espontaneidade é definida por Moreno como um fenômeno primário e positivo, não derivado de um impulso animal. Podemos dizer que é a espontaneidade que, ao ser inibida,