Espiritualidade
CRISE DA MODERNIDADE E ESPIRITUALIDADE
EU MAIOR
De acordo com Frei Betto no texto “Crise da modernidade e espiritualidade” vivemos uma crise da modernidade onde a razão predomina, e a imposição de um modelo cultural único, com um único tipo de comportamento é na visão dele preocupante. Na idade media a religião era considerada superstição e a Fé respondia a muitos acontecimentos da natureza. A partir da época das luzes, a Fé deu lugar a razão, percebemos a busca de respostas que poderiam ser testadas através de métodos científicos. A razão era a resposta para a fome, escravidão e a doença. Talvez por isso o ser humano tenha perdido a crença nas pessoas e na vida, o que levou a necessidade de adquirir coisas que preenchesse e significasse o vazio que é inerente a todos os seres humanos.
Materializar a felicidade e o bem estar é momentâneo e resulta em frustrações e decepções pessoais. Vivemos na era da simultaneidade das redes sociais, onde temos inúmeros amigos, registramos todos os passos e estamos cada vez mais solitários, perdemos a privacidade. Tudo esta exposto neste mundo virtual desde momentos felizes como o nascimento, até momentos de fúria e violência de quem acabou de descobrir uma traição, ou de uma mãe que decide expor a forma como educa um filho. Neste momento de insegurança onde eu acho que posso comprar minha felicidade, a busca da transcendência talvez seja a única maneira de nos valorizamos e valorizar o outro. Essa busca de significado e autoconhecimento é constante e a espiritualidade pode dar sentido a nossa realidade.
A espiritualidade pode ser entendida como a busca de transcendência pelo ser humano, procura de um sentido de conexão com algo maior que si próprio, apesar de não resolver todos os problemas, favorece a criação de posturas e atitudes diante das adversidades da vida que levam ao sofrimento. Frei Betto define como uma questão de educação da subjetividade, da interioridade, reeducarmos