Espiritismo provém do francês Spiritisme, nome cunhado por Allan Kardec, em 1857, para designar o conjunto de princípios científicos, filosóficos, religiosos e morais que compõem a Doutrina cuja codificação lhe havia sido confiada pelos espíritos superiores que o guiaram e responderam às suas indagações. O termo Espiritualismo, então e até hoje disponível na língua francesa e em outros idiomas, não atendia, como ainda não atende, ao objetivo de nomear uma Doutrina. É, antes, um conceito abrangente que engloba todo um conjunto de tradições religiosas, práticas místicas e posturas filosóficas existentes desde os primórdios da humanidade e que compartilham a crença na existência dos espíritos e suas manifestações e na imortalidade da alma Doutrina baseada na crença da existência de um espírito que não necessita do corpo para existir e retorna a Terra em sucessivas encarnações, até atingir a perfeição. Sua principal corrente é o kardecismo, formulado, em 1857, no Livro dos Espíritos. O espiritismo considera o homem o único responsável por sua felicidade, pois tudo depende de seus atos. Prega o amor ao próximo como meio de chegar à maturidade espiritual (perfeição). Afirma que as reencarnações permitem a evolução gradativa do espírito para se redimir de erros passados e que todas as faltas podem ser reparadas. Como o corpo é apenas um instrumento para a volta a Terra, quando atinge a perfeição o espírito não precisa mais reencarnar. Os espíritos interferem na vida terrena por meio dos médiuns, pessoas a quem recorrem para contar aos vivos como estão, fazer revelações e dar conselhos. A comunicação acontece pela psicografia (o médium escreve como se o próprio espírito escrevesse) ou pela