Espiritismo
Primeiro, há que falar com clareza.
Os cientistas não são a ciência. Os primeiros são homens, incluídos uns e outros enclausurados, num tempo histórico específico. Os homens, mesmo os mais cépticos, têm as suas crenças nos seus sistemas, uns nas suas verdades em progressão, outros nas suas verdadinhas. Eles passam, mas a ciência fica e evolui, numa busca incessante da verdade o mais depurada possível.
O grande dilema surge quando os cientistas-homens se julgam a própria ciência, e aí lançam sentenças, como sacerdotes alucinados em pleno gozo de uma pré- concepção superior da verdade - mesmo sem saberem do que estão a falar. Fazem-lhes perguntas e eles - não fica bem dizer que não sabem, se calhar - têm de responder, pensando que é isso o que o sistema lhes exige.
É esta a política, com frequência, nos debates da televisão. Não se busca saber, aglomerar dados para investigar, busca-se ficar por cima, dar espectáculo. O comodismo do sistema onde dominam a hierarquia, julgando que isso durará sempre. E que o progresso lhes pedirá licença para prosseguir...
O mito
O óbice manifesto surge quando os métodos científicos tradicionais caem num impasse perante tipologias fenoménicas que deveriam ser mais estudadas.
Os fenómenos de ordem mediúnica, falemos claramente, não acontecem sempre que se quer que eles ocorram. Já foi dito que são como um telefone que só toca de cá para lá. Não sucedem a esmo, pois carecem de condições - como quaisquer outros -, por parte do médium e por parte do espírito comunicante, há problemas de filtragem mediúnica também. Para os espíritos desencarnados, os cientistas são apenas pessoas, limitadas como quaisquer outras, e têm mais que fazer do que perder tempo com quem porventura não demonstrar capacidades para realizar um bom trabalho de pesquisa.
Contudo, isso não obsta a que tenham tido paciência de Jó, dando provas da sua existência e intervenção insuspeita em várias