espiritimo
Então, perdemos nosso relacionamento com a natureza. Se chegássemos a compreender esse relacionamento, seu real significado, não dividiríamos propriedades em “suas” e “minhas”. Embora cada um pudesse ter um pedaço de terra onde construir uma casa, essa propriedade deixaria de ser “sua” ou “minha”, no sentido de exclusividade, seria mais um meio de todos terem um lugar onde se abrigar. Como não amamos a terra, nem o que ela produz, apenas os usamos, somos insensíveis à beleza de uma cascata, perdemos o toque da vida, nunca nos sentamos no chão apoiando as costas no tronco de uma árvore. E como não amamos a natureza, também não sabemos amar os seres humanos e os animais.
Não estou dizendo que não podemos usar a terra, mas sim que devemos usá-la como ela deve ser usada. A Terra está aqui para ser amada e cuidada, não para ser dividida em “sua” e “minha”. Plantar uma árvore em uma área cercada e chamá-la de “minha” é tolice. Somos zeladores temporários.