Espectrofotometria
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
QUÍMICA ANALÍTICA EXPERIMENTAL
ESPECTROFOTOMETRIA Determinação de manganês em uma liga metálica
São Carlos
Introdução
A espectrofotometria de absorção atômica se baseia na absorção da energia radiante pelas espécies atômicas neutras, excitadas, em estado gasoso. Cada espécie atômica possui um espectro de absorção formado por uma série de estreitas raias características devidas a transições eletrônicas envolvendo os elétrons externos. A maioria dessas transições correspondem a comprimentos de ondas nas regiões ultravioleta e visível. Uma certa espécie atômica, neutra e no estado fundamental, é capaz de absorver radiações de comprimentos de onda iguais aos das radiações que ela, quando excitada, é capaz de emitir.
Na absorção atômica, o elemento a determinar é levado à condição de uma dispersão atômica gasosa através da qual se faz passar, então, o feixe de radiação de uma fonte apropriada. O processo usual consiste em introduzir a solução da amostra, na forma de um aerossol, em uma chama apropriada. A chama cumpre, assim, a função da célula na absorciometria convencional. A extensão da absorção, que se processa a custa de transições eletrônicas do estado fundamental a um estado energético mais alto, é uma medida da população de átomos do elemento responsável presente na chama e, portanto, da concentração do elemento na amostra.
A espectrofotometria de absorção atômica e a espectroscopia de chama são métodos que têm de comum o fato de ambos introduzirem a amostra na chama em forma de um aerossol. Porém, os dois métodos diferem fundamentalmente entre si. Na espectroscopia de chama mede-se a intensidade da radiação emitida pelos átomos excitados; e, na absorção atômica, o objeto da medida é a radiação absorvida pelos átomos neutros no estado fundamental, sendo os mesmos excitados por uma chama, normalmente uma mistura de ar/ acetileno.
A magnitude de absorção, denominada absorbância (A)