Especialização
1. INTRODUÇÃO
A falta de acesso ao saneamento básico, aliado aos fatores socioeconômicos, leva a inúmeros estudos e pesquisas que evidenciam sua relação com a ocorrência de morbimortalidade com o acesso ao saneamento básico. Dentre as morbidades que mais prevalecem são as enteroparasitoses que é considerado um dos principais fatores debilitantes da população comprometendo o desenvolvimento físico e/ou intelectual dos jovens e a atuação laborial de indivíduos em idade produtiva (Dias & Copleman, 2000). Desta forma interfere diretamente no desenvolvimento socioeconômico dos países e na qualidade de vida das pessoas, criando-se assim um ciclo vicioso.
O conceito clássico de saneamento básico, segundo Menezes (1984), é: “o conjunto de medidas visando a modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde”. E toda atividade que envolve saneamento básico tem os seguintes objetivos: controle e prevenção de doenças, melhorias na qualidade de vida da população, melhorar a produtividade do individuo e facilitar a atividade econômica (Saneamento, 2005).
Mesmo com todo desenvolvimento o Brasil ainda encontra-se com déficit e desigualdades na distribuição dos serviços de saneamento básico, a maioria dos esgotos não são tratados, os resíduos sólidos não têm destinos adequados, e grande parte da água fornecida à população não é tratada, principalmente na área rural bem como nos grandes aglomerados urbanos, prejudicando assim a eficiência das políticas públicas de outros setores, como a saúde. Segundo analise do Ministério da Saúde (2004) o abastecimento de água na área urbana foi ampliada, com proporção de população coberta de 75% em 1980 para 89% em 2000, enquanto que na área rural aumentou de 4% em 1980 para 18% em 2000. Porém as instalações de redes sanitárias na área rural apresentou um aumento na cobertura da população quase