Escravismo

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Entre os séculos XVI e XIX, milhares de africanos foram feitos prisioneiros em suas terras natais e levados para servir como mão de obra escrava em diversas regiões do mundo, principalmente nas Américas. Tratados como uma mercadoria, negociados de feira em feira, aprisionados em barracões e em porões de navios negreiros, esses indivíduos sofriam com a fome, com a sede e com as inúmeras doenças que contraíam, devido à subnutrição e às péssimas condições de higiene nas quais eram obrigados a viver.
Ao chegarem aos seus destinos, em terras muito distantes, eram novamente trancafiados em outros barracões. E ali esperavam seus compradores, ou seja, os seus novos senhores.
Os escravos africanos no Brasil
A sociedade escravista brasileira necessitava de mão de obra para a lavoura e a mineração. Para suprir esse mercado, a maioria dos escravos africanos negociados aqui eram homens e tinham entre 15 e 30 anos de idade.
Um problema que os escravos recém-chegados encontravam era saber se comunicar, principalmente para entender as ordens que recebiam. Os escravos que ainda não sabiam falar o português eram chamados de boçais. Os que já tinham algum conhecimento da língua eram chamados de ladinos. Existiam também os crioulos, que eram os escravos nascidos no Brasil e, portanto já estavam integrados à cultura local.
Assim que chegavam aqui, os escravos perdiam o direito de usar o seu nome africano e de praticar as suas antigas tradições. Eram batizados seguindo a fé católica e recebiam nomes portugueses, como João, Joaquim, Maria. Por isso suas origens acabaram sendo apagadas dos registros históricos.
Ainda hoje, os pesquisadores têm dificuldade para identificar que grupos - dos milhares de etnias africanas - chegaram ao Brasil, já que recebiam o nome do porto africano por onde tinham sido embarcados. Os principais portos eram da Costa da Mina, de Luanda, de Benguela e de Cabinda. E assim os escravos passavam a ser chamados de Mina, Congo, Angola, Benguela, Cabinda. Por

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