Escolher é para poucos
Entre o “sim” e o “não” só há um caminho. Escolher!
Clarice Lispector
Será que escolhemos de fato em nossas vidas ou nossas ações são determinadas?
Somos livres para escolher?
Somos realmente fruto de nossas escolhas?
Estas são algumas das questões que todos nós em algum momento de nossas vidas, com certeza, já realizamos.
E por incrível que pareça, é nossa capacidade humana de autoconsciência a respeito de nós mesmos e do mundo, que nos dá maior liberdade de escolha.
No entanto, escolher implica coragem e nem todos estão dispostos a assumir que são os verdadeiros autores de sua existência.
Escolher angustia, gera conflitos, dúvidas, medo, insegurança, inclusive culpa, quando escolhemos “errado”, porque escolher, sempre implicará pensar sobre o desconhecido.
A ansiedade e a angustia existencial são parte neste processo e não é possível fugir delas, justamente porque são as infinitas possibilidades e a consciência de que o “mundo” está em nossas mãos que nos angustia! Assumir quem de fato somos e o que de fato desejamos é fundamental neste processo, pois nos distanciamos de nós mesmos quando tentamos corresponder às expectativas alheias.
E a grande maioria das pessoas, não está disposta a vivenciar todos estes sentimentos e assumir a responsabilidade pelos atos que não vêem de encontro às expectativas, mas quando tudo sai perfeito, costumamos dizer que fizemos a escolha certa! Ou seja, assumimos que escolhemos. Quanta incoerência. A autenticidade está justamente em assumir as responsabilidades pelas escolhas sejam elas quais forem com resultados bons ou ruins e assumir a possibilidade da escolha em nossas vidas não é privilégio de todos.
Conhecer-se é fundamental, porque implica sabermos quando estamos agindo em função de nossas próprias expectativas ou quando estamos assumindo e comprando desejos e necessidades alheias. Quais destes já moveram e movem atitudes em sua vida?
É claro que também não podemos ser alheios as