Escola
SANDRA ELIANE RADIN
Revisitando a literatura observa-se que os conflitos enfrentados pela escola crescem de forma assustadora indo da indisciplina a violência. Se, antes, procurávamos entender e buscar alternativas de solução para trabalhar com crianças e adolescentes indisciplinados (bagunceiras, apáticas, agressivas ou desinteressadas), hoje, somos impelidos a refletir como é possível desenvolver ações em uma escola onde o clima de insegurança e medo, promovidos por alguns alunos ou grupo deles, cria uma sensação de impotência e estresse permanentes.
Para FERREIRA (1999), o termo “indisciplina” está relacionado ao conceito de “disciplina” e tende a ser definido pela negação ou privação desta, ou pela desordem proveniente da quebra de regras estabelecidas. Indisciplina refere-se, portanto, ao “procedimento, ato ou dito, contrário à disciplina”. Sendo assim, indisciplinado é aquele que se “insurge contra a disciplina; rebelde; que não tem disciplina”.
E, para MICHAUD (1989), a violência ocorre quando, em uma situação de interação, um ou vários autores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou esparsa, causando danos a uma ou mais pessoas em graus variáveis, seja em sua integridade física, seja em sua integridade moral, em suas posses ou em suas participações simbólicas e culturais.
Podemos citar como atos de violência: conflitos de trânsito, as ofensas e discussões verbais, as desavenças, as agressões, o assédio sexual, o racismo, o trabalho infantil, os pais que batem nos filhos, a mulher que apanha do marido, o professor que usa de autoritarismo, o aluno que desacata o professor, etc.
O jovem e o adolescente tendem mais à violência devido às características de sua faixa etária, somados aos estímulos propiciatórios oferecidos pela sociedade contemporânea, que possui um perfil indutor à violência, pois o protótipo de indivíduo que oferece ao jovem como modelo de identificação, segundo Osório, “é o de