Escola sem muros

EMEF Presidente Campos Salles

Introdução.

Neste presente trabalho iremos retratar a história, principais características e mudanças que existem nos dias atuais na EMEF Presidente Campos Salles. A escola pertencente à rede municipal do estado de São Paulo decidiu derrubar seus muros e juntar as turmas de uma mesma série para saber qual seriam seus resultados e se estes seriam positivos ou negativos. Além de derrubar as paredes, a dinâmica dentro das salas de aula também mudou da água para o vinho, os alunos passaram a atuar prioritariamente em grupo e a escolher a atividade do dia, dentro de um roteiro previamente organizado e mediado pelo professor. A inspiração e modelo para formar uma escola assim vieram da escola da ponte situada em Portugal. Mas a motivação maior para mudar tal escola veio do envolvimento da comunidade com a escola onde, esta levantou a bandeira da paz e da educação de qualidade pois, era uma favela muito violenta de se viver e para se educar também. Foi a partir desta parceria entre escola e comunidade que criou-se a concepção de um bairro educador onde, a comunidade tem um distinto e freqüente envolvimento com a escola. Mas não podemos pensar que foi tudo muito fácil, a escola teve que passar por algumas insatisfações vindas da Diretoria Regional de Educação Ipiranga, e também da própria comunidade que no começo não acreditou muito nesta idéia do diretor Braz, achando que ele estaria ajudando a aumentar a violência e o tráfico de drogas ao invés de diminuir estes.

Quem foi o diretor Braz.

Nascido em Córrego das Cruzes, interior de São Paulo, Braz foi criado à base de desafios: andava 12 quilômetros para poder freqüentar a escola, acordando às quatro da manhã para estar na aula às oito. Na faculdade, não era raro jantar apenas um saco de pipoca, na saída do trabalho, antes de assistir às aulas à noite. Com a persistência adquirida na infância, Nogueira fez da escola pública que dirige uma referência