escalaçao
Foram questionados moradores de áreas ricas e pobres; brancos, negros e mestiços; fanáticos por futebol e pessoas que não dão a mínima para o esporte.
Quase todos disseram que, apesar dos gastos bilionários e do frustrante desempenho da seleção anfitriã – eliminada ainda na primeira fase do evento –, sediar a Copa foi um bom negócio para o país.
As razões para a resposta variaram conforme o grupo indagado. Enquanto alguns citaram efeitos imateriais do torneio – como um certo sentimento de unidade nacional gerado pelo evento –, outros destacaram melhorias urbanas associadas à Copa.
Impulso ao futebol
Num campo de terra em Soweto, cidade próxima a Joanesburgo, onde foi disputada a final do Mundial de 2010, jovens negros disseram que a Copa impulsionou o futebol no país.
Ainda que o futebol seja o esporte preferido da maioria dos sul-africanos, a seleção local jamais teve conquistas internacionais comparáveis às da equipe sul-africana de rúgbi.
O time de rúgbi venceu a Copa do Mundo duas vezes – a primeira delas em torneio disputado na própria África do Sul, em 1995.
Já a maior conquista da seleção de futebol sul-africana foi um título da Copa Africana de Futebol, em 1996.
Para Sihle Mnyatheli, de 15 anos, após a Copa de 2010, o futebol ganhou maior respaldo de autoridades desportivas e governamentais no país. Desde então, afirma ele, mais jogadores de futebol se profissionalizaram na África do Sul.
Martin Modluli, de 17 anos, diz ainda que o Mundial fortaleceu e modernizou as ligas locais de futebol amador. Após o torneio, segundo Modluli, jogadores como ele ganharam a liberdade de trocar de time sem a necessidade de aval do técnico.
União nacional
Num campo de rúgbi de uma das universidades mais caras