eru 418
Volume 1, 2° edição
Inverno de 2014
As EFAs
R-EXISTÊNCIA OU CONFORMISMO? representam hoje um fenômeno de grande expressão na
sociedade brasileira. Somam-se aproximadamente 147 escolas distribuídas nas 5 regiões do país e presente em 17 estados da federação. Articulam-se por meio de 19 associações regionais e, em nível nacional, tem-se a UNEFAB. Estima-se um total de 13.000 mil famílias atendidas em 950 municípios diferentes, com aproximadamente 1.836 educadores atuando em escolas de ensino profissional, médio e fundamental, com mais de 7.000 mil estudantes matriculados no ano de 2013.
Portanto, mesmo que esses dados possam não mais corresponder com exatidão aos números alcançados pelas EFAs atualmente, evidenciam as proporções que esse movimento ganha no cenário da Educação no Brasil.
Entretanto, no universo das EFAs tem se tornado cada vez mais difícil generalizações que acompanhem as dinâmicas envolvidas nos diversos processos desencadeados pelas escolas e também nos diversos contextos em que se inserem. Assim, uma EFA no Rio Grande do Sul, cercado pelas plantações de tabaco, é diferente de uma EFA na Zona da Mata mineira envolta por grandes fazendas de café, que por sua vez é diferente de uma EFA no sertão baiano dos coronéis ou das regiões amazônicas no Pará ou Acre. Ainda, a dinâmica dessas escolas corresponde à diversidade de interações que se estabelecem. São redes criadas entre a EFA e a comunidade local, com as pessoas que moram ali, com as organizações sociais locais, os poderes públicos, com outras escolas, EFAs ou não. Fazem parte dessa trama também pesquisadores e professores das universidades que trabalham em parceria com muitas escolas, os educadores das EFAs e as circunstâncias que envolvem sua atuação docente na Pedagogia da Alternância, relacionadas também às condições sócio-econômicas de seu trabalho.
São destaques também as questões políticas e burocráticas que rodeiam as