Eros e Psique
Psique, ou Psiquê, era uma princesa e tinha duas irmãs mais velhas, já casadas. Embora Psique tivesse uma beleza extraordinária, que era venerada por todos, nunca havia recebido nenhum pedido de casamento. Isso acontecia porque os humanos começaram a venerar Psique no lugar de Afrodite, o que despertou a ira da deusa. A falta de pretendentes era um “efeito colateral” dessa ira.
Afrodite, furiosa, mandou seu filho Eros castigar Psique, fazendo-a se apaixonar por algum ser baixo e monstruoso. Ao ser ferida pela flecha enquanto dormia, Psique acordou de repente, fazendo Eros – invisível no momento – se atrapalhar com as outras flechas e ferir a si mesmo.
Os pais de Psique, preocupados, consultaram o oráculo de Apolo, e obtiveram a seguinte resposta:
- A virgem não se destina a ser esposa de um amante mortal. Seu futuro marido a espera no alto da montanha. É um monstro a quem nem os deuses nem os homens podem resistir.
O rei e a rainha ficaram desolados com a predição, mas Psique disse que, se aquele era mesmo seu destino, ela deveria aceitá-lo, e pediu que a levassem até a montanha. Depois que seus pais e irmãs a deixaram ali, tremendo de medo e com lágrimas nos olhos, o vento Zéfiro levou-a para um vale florido no topo da montanha, onde Psique se deitou e dormiu. Ao acordar, avistou um bosque e, logo atrás, um palácio tão magnífico que só poderia ser a morada de algum deus. Admirada, Psique entrou no palácio, que era ainda mais majestoso e rico por dentro. Lá, uma voz sem corpo a avisou que tudo aquilo a pertencia, e que, enquanto vivesse lá, seria servida por criados invisíveis. E assim foi, durante um tempo.
Psique ainda não vira o marido que estava destinada,