erin brockovich
A história real de Erin Brockovich, vivida nas telas por Julia Roberts é movida por uma causa que resolve levar às últimas consequências: a condenação de uma empresa a pagar uma indenização milionária para uma comunidade atingida por um sem-número de doenças graves causadas pela água poluída que distribuía. Sua mensagem é clara: pode acontecer com qualquer um de nós e nada como o exercício da cidadania e a vigilância para nos protegermos
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José Eduardo Mendonça
Planeta Sustentável – 10/08/2010
Mãe divorciada duas vezes, com três filhos para criar, desempregada, cava no desespero uma vaga de arquivista em um pequeno escritório de advocacia. E aí começa uma investigação por conta própria que levará a gigante Pacific Gas & Electric a pagar uma indenização de U$ 333 milhões – para pessoas de uma comunidade atingidas por um sem-número de doenças graves causadas pela água poluída que distribuía.
Dá um belo roteiro de filme, não? É a história real de Erin Brockovich, vivida nas telas por Julia Roberts, que a caracteriza como um ser esfuziante, espalhafatoso e de pavio curto, movida por uma causa que resolve levar às últimas consequências. Erin, que chegou a ganhar alguns concursos de Miss e é ela mesma uma bela mulher, não teve uma educação formal – os casamentos e os filhos a tinham levado, até então, a uma luta constante pela sobrevivência.
Ao deparar em uma pasta com uma conta médica paga por uma empresa que fornecia água para a cidade de Hinckley, no sul da Califórnia, ela intuitivamente levantou uma lebre. E foi apoiada por seu patrão, Ed Masry, interpretado por Albert Finney - um daqueles atores ingleses que, depois de viver Shakespeare durante anos nos palcos, tira de letra o papel de um advogado de cotidiano relativamente calmo que, subitamente, se vê enfrentando uma empresa de U$ 28 bilhões.
A primeira pessoa a ser investigada por Erin, e que se tornaria sua amiga, é Donna Jensen, vitima de câncer na mama e no ovário –