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Esse trabalho procura abordar uma análise do livro “A Cidade e as Serras” do autor português Eça de Queirós. O livro foi a última obra de Eça, publicado em 1901, um ano antes de sua morte. A obra não estava inteiramente acabada e mesmo faltando a revisão feita pelo próprio autor antes de publicá-lo, foi um dos livros mais importantes de sua carreira.
Palavras chaves: Análise, livro, autor.
Análise do livro
O homem estaria sendo esmagado pela técnica e pelo progresso. E o reencontro com a Natureza e outros valores menos sofisticados e automáticos traria a realização de um mundo melhor. Observado por esse ângulo, o livro foca para a defesa da direita, tentando lançar a ideia de que a esperança há de substituir a descrença. Surge um escritor de tom memorialista e idealista, utópico pensador que pensa no transcendental da existência. Mesmo assim, Eça de Queirós não abre mão de sua perspectiva crítica e do toque irônico. A oposição feita no livro apresenta-nos a industrializada e avançada Paris e uma pequena aldeia portuguesa. Ressalta-se positivamente a simplicidade da vida rústica, talvez numa espécie de abandono dos ideais realistas, na busca do impossível e do alimento do espírito. Defende-se também a possibilidade de que a conciliação dos dois aspectos, progresso e simplicidade, traria a solução para os problemas do homem.
Tempo e Espaço
O narrador-personagem, José Fernandes, é quem conta a história do amigo Jacinto. A narrativa se passa no século XIX, quando Paris era considerada a capital da Europa e o centro do mundo. Portugal, no entanto, mantinha-se como um país agrário e decadente.
Campo e cidade
A temática do Campo x Cidade – recorrente nas obras do escritor português – é o centro do romance “A Cidade e as Serras”. O gênero bucólico, cultivado por inúmeros autores desde a Antiguidade, caracteriza-se pela criação de um personagem lírico – um pastor fictício