ergonomia organzacional
O campo da ergonomia organizacional se constrói a partir de uma constatação óbvia, que toda a atividade de trabalho ocorre no âmbito de organizações. Esse campo que tem tido uma formidável desenvolvimento é conhecido internacionalmente como ODAM (Organizational Design and Management), para alguns significando um sinônimo de macroergonomia.
Caracterização
Como já pude assinalar anteriormente (Vidal, 1997), ao se falar de trabalho e organização deve-se distinguir o plano da organização geral da organização do trabalho. A organização geral tem como bases teóricas a teoria das organizações e a logística, buscando especificar a organização produtiva tal como um organismo com vistas à sua atuação no contexto mais geral: social, econômico, geográfico, cultural.
A organização do trabalho, se prosseguirmos na metáfora biológica, trata dos aparelhos funcionais internos de uma organização produtiva e que lhe dão sentido motor. Em termos concretos o plano é o da troca de energia entre as pessoas da organização, repartidas entre as energias de execução e de controle, ou antes, de como estruturam-se os aparelhos para manusear tais energias (Vidal e al., 1976). A idéia motriz é a de compreender as formas como se dá a cada uma das unidades funcionais as disposições necessárias para a consecução das funções que lhes são imputadas pela organização geral e o conceito subsidiário é o estabelecimento de métodos de
trabalho.
Como conteúdo concreto a organização do trabalho envolve ao menos seis aspectos interdependentes, quais sejam:
i. A repartição de tarefas no tempo (estrutura temporal, horários, cadencias de produção) e no espaço (arranjo físico);
ii. Os sistemas de comunicação, cooperação e interligação entre atividades ações e operações;
iii. As formas de estabelecimento de rotinas e procedimentos de produção;
iv. A formulação e negociação de exigências e padrões de desempenho produtivo, aí incluídos os sistemas de