era da internet

foto: True Voice Media

Tecnofilósofa: Laura Lopes

No começo da internet não existiam portais. Não existiam blogs. Muito menos microblogs ou qualquer outra rede social. As coisas foram evoluindo, emails, buscadores, portais… e, enfim, blogs. Blogueiros eram, na maioria das vezes, jornalistas que tinham vontade e talento de escrever outras coisas além de suas reportagens. A primeira investida de sucesso no mundo da blogagem foi o No, depois NoMínimo, com personagens de respeito das notícias brasileiras: Tutty Vasques, Pedro Doria, Zuenir Ventura e tantos outros bons, gabaritados e dignos de respeito.

Se por um lado a internet democratizou e descentralizou a distribuição da notícia, dando espaço para qualquer pessoa publicar suas opiniões, angústias e aspirações para quem quiser ler, por outro, abriu as portas para um bando de gente desqualificada, que acredita que o mundo gira em torno de seus sentimentos, e que acha que sua vida medíocre interessa a todos. São os dois lados da moeda. Nisso, vieram as redes sociais, que não só fizeram bem ao jornalismo online (o Facebook e o Twitter são responsáveis por parte importante do tráfego dos portais), como impulsionaram o mundo da blogagem, do jabá e dos posts pagos.

Não quero, com este texto, livrar o jornalismo bandido, vendido e mau feito. Importante deixar claro que sei que nem todas as redações são livres de influências escusas e que muitas se beneficiam de algum tipo de corrupção. Dito isto…

Sempre gostei de gastronomia. Revistas e blogs de gastronomia são minha fonte de informação. As revistas brasileiras, e há um número considerável delas, são médias. A maior parte ruim. Duas ou três se salvam – tanto que ando preferindo as importadas. Por que ruins? Texto ruim, fotos mal produzidas, pautas fáceis ou fruto de convites de assessoria de imprensa. E os blogs? Há uns 4938439574521985032 blogs de gastronomia no país, fora os brasileiros que moram fora e dedicam seu verbo ao tema. Leio com frequência