Equação VAN DER WAALS
1. Origem da Equação de Van der Waals (Equação de estado de Clapeyron)
Do ponto de vista da Termodinâmica, gás ideal é aquele para o qual vale, para quaisquer valores de P e T, a equação de estado de Clapeyron:
P.V = n.R.T
No entanto, para pressões muito baixas e temperaturas muito altas, os gases reais têm comportamento que se desvia do comportamento considerado como ideal. Sendo assim, com o objetivo de se corrigira a equação de estado de um gás ideal, surge a Equação de Estado de Van der Waals:
2. Constantes da Equação de Van der Waals
2.1 . Constante a de Van der Waals
As moléculas que compõem um gás possuem forças de interação entre elas, sendo estas compreendidas como forças essencialmente atrativas. Tais forças tendem a aproximar as moléculas umas das outras exercendo um papel semelhante ao da pressão a que o fluido está submetido. Desta forma, em adição à pressão P haverá um parcela positiva que deverá ser proporcional à densidade molecular.
Em síntese teremos uma parcela positiva de valor a/Vm2 que deverá ser adicionada à pressão P do gás perfeito. Desta forma teremos que:
Estabelece-se portanto a primeira modificação na Equação dos Gases ideais, com a adição de uma parcela, onde a constante a é dada mediante uma prévia relação estabelecida com a dendidade molecular.
2.2. Constante b de Van der Waals
Pode-se dizer que um número N de moléculas, postas num recipiente de volume V podem se deslocar no volume total V só se o volume ocupado pelas moléculas for nulo. Porém, em realidade, as moléculas ocupam um volume não nulo e existe no recipiente um certo volume excluído, não disponível para o desocamento das moléculas.
Sejam duas moléculas supostamente esféricas e de diâmetro d. O volume excluído para este par de moléculas, será um volume de diâmetro d.
Matematicamente teremos o volume excluído por molécula, b definido conforme se segue: