Eplepsia
ETIMOLOGIA
A palavra "epilepsia" do verbo grego epilambanein, significa apanhar de surpresa ou capturar.
BREVE CONTEXTO HISTÓRICO
O surgimento e a conceituação da epilepsia acompanha o movimento histórico e cultural da sociedade, em diversos períodos da humanidade. A representatividade desta doença foi e continua sendo, associada a características místicas, religiosas e fantasiosas. O relato das tentativas mal sucedidas terapêuticas é extenso, como: consumo de sangue de ser humano recentemente morto, pó de crânio humano, além de sangria, purgação, emese, diurese, sudorese e recomendação para exercer ou coibir atividade sexual.
O primeiro relato da doença data de 2000 a.C. em um livro-texto babilônico, no qual é enfatizado a natureza sobrenatural da epilepsia com cada tipo de ataque, associado com o nome de um espírito ou deus, normalmente do mal. (World Health Organization, 1997 apud MOREIRA,2004).
Posteriormente surge na Grécia há 400 anos a.C., com Hipócrates sinalizando que a epilepsia não era nem sagrada nem divina, mas um distúrbio do cérebro. Porém a doença ainda vinculava-se a aspectos místicos.
Na Idade Média as manifestações de tais sintomas vinculavam-se a feitiçaria e a espíritos, logo os portadores desta doença eram colocados nas fogueiras.
É somente a partir do século XIX através do positivismo ocorreram avanços significativos na ciência. Entre os expoentes da medicina deste período podem-se citar: Pinel (1745-1826), Esquiroll (1772-1840), Morel (1809-1879); Lombroso, 1836-1909, entre outros. No entanto seus estudos, ainda vinculavam a epilepsia à insanidade.
O QUE É EPLEPSIA
A epilepsia expressa um transtorno na excitabilidade dos neurônios. Eles tendem a gerar impulsos repetidos em resposta a um estímulo que normalmente deveria induzir apenas um potencial de