Enzima de restrição
As enzimas de restrição também conhecidas como endonuclease de restrição, são proteínas produzidas em bactérias que tem como função protegê-las de ataques de bacteriófagos (vírus que infectam bactérias), cortando em pedaços a molécula de DNA que foi inserida na bactéria, “como se fossem verdadeiras tesouras”.(Manual da oficina prática de genética, Genoma e Biotecnologia)
Se tais enzimas de restrição clivam o DNA, como esperar que elas não ataquem e causem destruição no DNA da própria bactéria? Pois bem, para que seja preservada a função de “destruir” somente o DNA exógeno e deixar intacto o endógeno, o DNA do microrganismo sofre uma modificação química denominada de metilação através de uma enzima chamada metilase de modificação, que nada mais é do que a ligação de um grupo metil onde existe um sitio de reconhecimento da enzima de restrição tornando assim o DNA endógeno protegido da clivagem(Alberts, B. et.al, 2002. Fundamentos da biologia celular)(fig)
Uma enzima de restrição é altamente especifica capaz de reconhecer uma sequência de nucleotídeos no DNA como, por exemplo, G-AATTC (da EcoRI) e cortá-lo exatamente onde ocorra essa sequência.
Como essas enzimas são provenientes de bactérias elas são nomeadas com uma sequência de três ou quatro letras do nome da bactéria seguida por um número romano, sendo que a primeira letra indica o gênero enquanto as outras letras referem-se à espécie e o número indica a ordem que a enzima de restrição foi isolada. Como por exemplo, a EcoRI é uma endonuclease de restrição isolada da bactéria Escherichia coli e foi a primeira a ser isolada da Escherichia coli, já a HindIII obtida da Haemophilus influenzae foi à terceira enzima de restrição isolada da Haemophilus influenzae, BamHI é originário do bacillus amyloquefaceiens que por sua vez também foi à primeira enzima de restrição isolada do Bacillus amyloquefaceiens e assim por diante. (Manual da oficina