Enfermagem
A pancreatite aguda varia desde um distúrbio brando e autolimitado até uma doença grave e rapidamente fatal, que não responde a nenhum tratamento. A pancreatite aguda branda caracteriza-se por edema e inflamação circunscrita ao pâncreas. A disfunção orgânica mínima está presente, e o retorno a função normal geralmente ocorre dentro de 6 meses. Embora esta seja considerada a forma mais branda de pancreatite, o paciente está agudamente doente e em risco para o choque hipovolêmico, distúrbios hidroeletrolíticos e sepse. Uma digestão enzimática mais ampla e completa da glândula caracteriza a pancreatite aguda grave. As enzimas lesionam os vasos sanguíneos locais, podendo ocorrer sangramento e trombose. O tecido pode tornar-se necrótico, com a lesão estendendo-se para dentro dos tecidos retroperitoneais. As complicações locais consistem e cistos ou abscessos pancreáticos e em coleções de líquidos aguda no pâncreas ou próximo a ele. Os pacientes que desenvolvem complicações sistêmicas com insuficiência do órgão, como insuficiência pulmonar ou hipóxia, choque, insuficiência renal e sangramento gastrointestinal, também se caracterizam como portadores de pancreatite aguda grave. Esse distúrbio é observado em aproximadamente 20 % de todos os pacientes com pancreatite aguda e exibe uma taxa de mortalidade de 15 a 20 % (Reddy & Long, 2004).
Considerações Gerontológicas
A pancreatite aguda afeta pessoas de todas as idades, porém a taxa de mortalidade associada a pancreatite aguda aumenta com o aumento da idade. Além disso, o padrão de complicações se modifica com o tempo. Os pacientes mais jovens tendem a desenvolver complicações locais; a incidência de falência de múltiplos órgãos aumenta com a idade, possivelmente com o resultado de diminuição progressiva na função fisiológica dos principais órgãos com a idade crescente. A monitoração rigorosa da função dos órgãos principais (i.e.,pulmões, rins) é essencial, sendo o tratamento agressivo