Entrevista

Entrevista ao Mestre José Rodrigues

Um dos trabalhos mais famosos de José Rodrigues é o “Cubo da Ribeira”, que se encontra exposto na Praça da Ribeira, no Porto. Quanto ao motivo para a construção de algo tão emblemático, o Mestre afirma que “queria fazer algo que se destacasse, que realçasse”. Relativamente à razão para a construção de um cubo e não outro sólido, o entrevistado declara que o “cubo é um sólido geométrico ideal” e transmite a ideia de ordem e perfeição”.
José Rodrigues mostrou-se orgulhoso do seu trabalho, acrescentando que “para ter esta notoriedade, foi preciso trabalhar muito”. A exposição itinerante do escultor, “Cristos” nasceu da vontade de celebrar o Jubileu do ano 2000. O escultor defende a importância da religião como algo que “nos orienta” nos nossos dias e também como fonte de inspiração. Para José Rodrigues, “a colecção de obras “ Cristos” é especial” porque foi educado “segundo preceitos cristãos”, além de que a “história portuguesa tem uma larga tradição cristã”. A Fundação José Rodrigues, que antigamente era uma fábrica de chapéus e estúdio escultor durante vinte anos é, segundo palavras do Mestre, uma “maternidade para artistas”. José Rodrigues acrescenta que “a fundação não se limita apenas à escultura, também temos outras artes, pintura, teatro e ballet”
Quanto a projectos para o futuro, o entrevistado está a fazer uma pausa no trabalho por motivos de “ saúde debilitada”, embora tenha esperança num “futuro melhor”. Neste momento, o Mestre vai “apenas contemplando as obras já executadas”.

O meu entrevistado é o escultor/artista plástico José Rodrigues. José Rodrigues nasceu em 1936 na cidade de Luanda. Estudou na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde concluiu o curso de escultura. Foi o criador da Fundação José Rodrigues, que incentiva e apoia os jovens na criação artística. O seu trabalho foi agraciado com vários prémios e menções honrosas, incluído a condecoração com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante