Entrevista com os pais
Para atender uma criança, primeiramente é necessário fazer uma entrevista com os pais sendo estes devem comparecer sem a criança. É freqüente que compareça só a mãe ou um familiar representando os pais. Essas situações revelam o funcionamento do grupo familiar na relação com o filho. A entrevista tem como função aliviar a angústia e a culpa que a enfermidade ou conflito do filho despertam. Esta deve ser tranqüila e não demonstrando um interrogatório, pois os pais estão ali sofrendo, angustiados e com sentimento de culpa em relação à enfermidade que a criança apresenta, então é dever do terapeuta demonstrar interesse sobre o relato que eles trazem sobre seus filhos. Nessa entrevista dirigida e limitada é necessário os seguintes dados:
• Motivo da consulta: Percebe-se que os pais têm resistência de falar sobre o que não está bem no/e com o filho. O terapeuta registra os dados de início para que se possa confrontar com o transcurso da entrevista, sendo esse material valioso para o estudo de caso, para a compreensão da etiologia das neuroses infantes. Essa coleta de dados é fundamental para avaliar o dia a dia da criança e as relações dos pais com o filho.
• História de vida da criança: Importante o terapeuta saber a resposta emocional desde a gravidez de como foi a aceitação, o sentimento o desejo, pois a concepção é importante para a evolução posterior, indicando o início da vida do filho. Os pais dificilmente recordam e avaliam com consciência a importância dos fatos com a gravidez e o parto, porém no inconsciente está gravado. Após informação suficiente sobre o parto, pergunta sobre se a lactância foi materna, sobre a sucção, depois como foi a alimentação e o ritmo dos horários impostos. Importante, também, saber como foi a passagem do peito para a mamadeira e depois para os sólidos, pois aí há um trabalho de elaboração psicológica no adulto se esforçando para elaborar um luto pelo ser amado. Em sua teoria,