entre os muros da escola
Outro ponto importante é que o conhecimento se reflete como poder no ambiente escolar. O professor detém o conhecimento e também todo o poder na sala de aula. Em determinado momento, ele pede que uma estudante leia um parágrafo do livro “O Diário de Anne Frank”, ao vê-la recusar-se à leitura, recorre à imposição e a humilhação da mesma. Ele exige que a aluna se desculpe por ter sido insolente diante de suas amigas. A consequência dessa atitude é um afastamento ainda maior da classe estudantil. O professor transparece alguma angústia com a situação, porém não tenta agir de outra forma, estando limitado por sua formação de apenas ver os estudantes como ouvintes e objetos do conhecimento do professor.
Um aspecto marcante da escola é que esta parece estar à parte da realidade dos alunos. Primeiramente, pelo conteúdo, como já foi exemplificado, desde a linguagem e em vários outros pontos, são discursos que não se refletem na vida diária dos estudantes. Pode-se notar, também, que a diversidade de etnias que é levada à sala de aula não é respeitada nem explorada de forma positiva. O professor não sabe manejar com a pluralidade e perde o controle na sala de aula.