Entre corvos e pombas - a realidade por trás da ditadura militar
Hoje com 64 anos, Antônio Dantas Veloso Sobrinho é diretor da instituição de ensino Dom Bosco e, quem o vê sempre bem-humorado e participativo, não imagina as histórias que presenciou. Na época da revolução cursava o nono ano, residindo aqui mesmo em Teresina, ele mesmo admite sua falta de interesse quanto à política naquela época: “Lembro que eu entrei na sala e tava aquele alvoroço, meus amigos gritando aquela história de ‘Revolução! Revolução! ’ e eu só fui começar a me antenar na Política depois, assim.”.
Obviamente à medida que o tempo passava o povo planejava se movimentar, os jovens principalmente foram se adaptando e ficando mais espertos, nosso próprio entrevistado diz ter presenciado movimentos “Mais o planejamento, a idealização... eu não participava não, depois meus amigos chegava contando e descobríamos as violências que aconteceram.”.
Não eram só os jovens que se despertaram o Governo também “Você tava na escola e quando menos esperava surgia, assim, um cara estranho, um novato no meio do período letivo. E você perguntava: ‘Ei cara, de onde você é? ’ e ele respondia que era do Rio de Janeiro, ou de outro lugar assim distante; e você desconfia, né? Você acaba por desconfiar.” e ele continua “Esse cara fica enturmado lá, no meio da gente, e estudando, tarefas, etc. e aí ele sumia. Esse cara sempre sumia, era informante... tava atrás dos cabeças”.
Passaram-se os anos e, com esse novo regime político, houve mudanças de hábitos. Começando a ler jornais e procurando se