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Introdução à
Primeira Carta de Pedro
(1Pe 1.1,2)
A Primeira Carta de Pedro é considerada uma carta católica ou geral.
Diferentemente das cartas paulinas, foi endereçada a um grupo maior de cristãos, espalhados por diversas regiões da Ásia Menor. Edmund Clowney entende que esta carta é o mais condensado resumo da fé cristã e da conduta que ela inspira em todo o Novo
Testamento.1 Seu propósito principal está inconfundivelmente explícito:
... vos escrevo resumidamente, exortando e testificando, de novo, que esta é a genuína graça de Deus; nela estai firmes
(5.12).
Vamos destacar nesta introdução alguns pontos importantes.
1Pedro — Com os pés no vale e o coração no céu
O autor da carta
Há um consenso praticamente unânime de que esta epístola foi escrita por Pedro. Assim atestaram os pais da
Igreja, os reformadores e todos os estudiosos sérios das
Escrituras desde as mais priscas eras. Somente alguns teólogos liberais, já no século 19, colocaram em dúvida a autoridade petrina, em oposição às abundantes provas e às insofismáveis evidências documentadas havia quase dois milênios. Já nos primórdios da história eclesiástica, os pais da Igreja Policarpo, Irineu, Clemente de Alexandria,
Tertuliano bem como o historiador Eusébio se referiram a esta epístola como a carta de Pedro.2
Werner Kummel, em oposição a essas evidências, diz que a linguagem de 1Pedro, além de ser vazada em um grego impecável, traz citações do Antigo Testamento originadas, sem exceção, na Septuaginta. Segundo esse escritor alemão, tais características são inconcebíveis para Pedro, o galileu.3
Simon Kistemaker discorda do pensador retromencionado: tendo como base tanto as evidências internas quanto as externas, além das considerações históricas e estilísticas, aceita 1Pedro como um livro apostólico escrito por Pedro.
Segundo Kistemaker, o ponto de vista tradicional parece ser mais razoável que qualquer hipótese alternativa.4 Estou de pleno