Ensino público de alagoas: um problema de gestão ou social?
Por Luciano Amorim, Ísis Malta, David Richard, Danielle Farias, Luan Celi e Abidias Martins, de Maceió/AL
Entrada da Escola Estadual Anaías de Lima Andrade, no Vergel do Lago: pior IDEB do Brasil
(Foto: Baião de Seis)
Eram aproximadamente 10h da manhã de quarta-feira, 19 de dezembro, na região do Vergel do Lago, um dos bairros mais carentes de políticas sociais em Maceió. Sob um forte sol e se escondendo entre as sombras das árvores, a reportagem do Baião de Seis chega a Escola Estadual Professora Anaías de Lima Andrade, a instituição pública estadual de ensino que ostenta um nada honroso título de pior IDEB da educação em Maceió, de acordo com a última avaliação, divulgada em 2012. O IDEB é o índice de desenvolvimento da educação básica, um padrão adotado pelo governo federal para estabelecer formas de melhor investir e qualificar a educação fundamental no Brasil.
Logo na chegada, a fachada se funde a um longo riacho a céu aberto, que já faz parte do cenário da escola. É um canal de aproximadamente três metros de largura, onde passa todo o esgoto da região. Por cima dele, uma passarela de concreto, provavelmente construída na última reforma, é a única ligação entre as dependências da escola e a rua.
Lá dentro, a estrutura física contrasta com o riacho; há, na medida do possível, certo cuidado com a conservação das instalações, pelo menos na parte que depende da diretoria: salas de aula, quadra de esportes e dependências externas funcionam bem – o que não ocorre com o laboratório de informática, fechado para os alunos, apesar de contar com vários computadores novos. Os equipamentos estão lá, mas a secretaria estadual de educação nunca disponibilizou os recursos para sua instalação.
Na sala de computação, equipamentos permanecem nas caixas: não há recursos para a instalação (Foto: Baião de Seis)
O exemplo acima é um dos que