Ensinamento
O conhecimento do fenômeno religioso nas tradições indígenas sugere um repensar sobre o nosso conceito acerca desses povos e sua milenar sabedoria e cultura. Desde a colonização, os povos indígenas têm sido explorados e excluídos ao longo da história do Brasil.
O que podemos aprender com a sua rica cultura e tradição? Como podemos contribuir para que os índios se integrem na sociedade sem perder a sua identidade? Muitas vezes a mídia apresenta-os como ingênuos e incapazes; povos condenados à desintegração social. Porém, apesar do preconceito, discriminação e exclusão de que são vítimas, existem comunidades indígenas que têm mostrado o seu valor e habilidade para conviver na sociedade de hoje, buscando resgatar e preservar a sua história e cultura, sem perder o seu referencial. Um exemplo disso são as várias comunidades indígenas do Xingu, no Mato Grosso. “O Parque Indígena do Xingu engloba, em sua porção sul, a área cultural conhecida como Alto
Xingu, integrada pelos Aweti, Kalapalo, Kamaiurá, Kuikuro, Matipu, Mehinako,
Nahukuá, Trumai, Wauja e Yawalapiti. A despeito de sua variedade lingüística, esses povos caracterizam-se por uma grande similaridade no seu modo de vida e visão de mundo. Estão ainda articulados numa rede de trocas especializadas, casamentos e rituais inter-aldeias. Entretanto, cada um desses grupos faz questão de cultivar sua identidade étnica e, se o intercâmbio cerimonial e econômico celebra a sociedade alto-xinguana, promove também a celebração de suas diferenças”.
Os índios querem continuar sendo índios e têm esse direito assegurado na Constituição do nosso país. “São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.” (Constituição Federal – Art.
231).
Conhecer as