ensaio
Bambu
Após a Segunda Guerra Mundial, os países tecnologicamente avançados, propagaram as suas indústrias recém-desenvolvidas por todo o mundo, sem estudar a influência que a produção centralizada dos materiais industrializados (os chamados materiais convencionais), teriam no meio ambiente e na migração das populações rurais para os grandes centro urbanos. Os materiais convencionais industrializados não-renováveis, como aço e cimento, provocam poluição na atmosfera, emitindo CO2 pelo uso de carvão e petróleo na sua produção e transporte dos mesmos. A natureza, no entanto, nos presenteia com uma variedade de materiais e tecnologias não poluentes, renováveis e de baixo custo que podem representar uma boa alternativa aos materiais de construção industrializados. O bambu, por exemplo, encontra centenas de aplicações na vida e nas construções civis e rurais. Ele cresce rapidamente e está pronto para uso em aproximadamente três anos, sendo encontrado em abundância nas partes tropicais e subtropicais do planeta e ainda apresenta propriedades excelentes. Além disto o bambu atua como filtro do ar, absorvendo CO2 e produzindo oxigênio. É preciso pouca energia para transformá-lo em elementos estruturais de cobertura como estruturas espaciais, treliças planas em tubos para condução de água e em elementos de reforço de concreto, substituindo o aço.
Resíduos de Construção
A demanda por novas estruturas e reformas do ambiente urbano tem causado uma significante geração de resíduos na Indústria da Construção Civil. Atualmente, os Resíduos de Construção e Demolição (RCD) e solos com uma significante parcela de finos – classificados como não convencionais para o uso em Estruturas em Solo Reforçado (ESR) – correspondem a uma significativa parcela dos materiais presentes nas usinas de beneficiamento. Neste cenário, o emprego de Resíduos de Construção e Demolição Reciclados (RCD-R) e de solos não convencionais como material de aterro