Enron e a falta de ética
Através do caso Enron pode-se repensar os aspectos éticos que envolvem as empresas. Certamente, é indiscutível a ideia da necessidade de uma prática transparente nas empresas. Administradores, investidores e empregados devem ter acesso aos balanços e balancetes para estar por dentro de todas as informações. No caso analisado, como mostra o documentário,um dos investidores questiona o porquê da Enro não fazer essa divulgação.
Não se pode afirmar quais foram os reais motivos do trágico naufrágio (no documentário a empresa é comparada com o Titanic), no entanto, a prática de fraudes e manobras contábeis que culminaram no prejuízo de milhares de pessoas, certamente foi influenciada pela economia do mercado. Nesse sentido, todas as atitudes dos administradores demonstram a fragilidade do sistema contábil e de auditoria.
Assim, o que mais chama a atenção, nessa situação, que mais parece roteiro de filme de ficção, é a visibilidade da falta de ética dos profissionais, através da postura adotada diante da empresa. Como é relatado no documentário, o que era para ser infalível, graças à maliciosa e desonesta forma como fora administrada, faliu em dezembro de 2001, deixando cerca de R$ 180 bilhões e muitos escândalos corporativos.
ENRON - Poder, ganância e fraude
Até que ponto o ser humano é capaz de prejudicar toda uma nação em troca de elevados lucros? Como a moral e a ética de um indivíduo podem ser influenciadas facilmente por um determinado grupo social? O que uma pessoa é capaz de fazer para prejudicar seu semelhante em troca de dinheiro? Como é possível articular tantas empresas, governo e instituições financeiras por tanto tempo?
Várias perguntas, uma única resposta: Ganância.
Foi a ganância que levou a ENRON ao sucesso e posteriormente a ruína. A falta de escrúpulos de algumas pessoas aliada a fragilidades na legislação foram os principais ingredientes de uma história que tornou-se lenda no mundo corporativo