Enriquecimento físico afeta parâmetros indicadores de bem estar em camundongos
ARTIGO ORIGINAL
ENRIQUECIMENTO FÍSICO AFETA PARÂMETROS INDICADORES DE
BEM ESTAR EM CAMUNDONGOS (Mus musculus)
1 Curso de Zootecnia, Universidade Federal do
Amazonas (UFAM), Manaus-AM;
2 Universidade Federal do Amazonas
(UFAM), Instituto de Ciências Biológicas,
Departamento de Ciências Fisiológicas,
Manaus-AM.
Autor para correspondência:
Thaís Billalba Carvalho
E-mail: thaisbillalba@yahoo.com.br / thaisbillalba@ufam.edu.br
Recebido para publicação: 16/01/2014
Aceito para a publicação: 28/01/2014
A ausência de estímulos ambientais pode interferir no comportamento e na fisiologia dos animais. O objetivo foi testar o efeito do enriquecimento físico ambiental sobre parâmetros comportamentais e fisiológicos indicadores de bem estar em camundongos
C57BL/6. Setenta e dois animais foram separados em grupos de quatro indivíduos.
Cada grupo foi submetido a um dos três tratamentos, com seis repetições cada. 1.
Controle: sem enriquecimento ambiental. 2. Acrílico: com estrutura no formato de iglu em acrílico. 3. Cuia: com cuia de cabaça. Foram descritos etogramas das seguintes categorias comportamentais: locomoção, alimentação, interação com o objeto, auto limpeza, reprodução e agressividade. O enriquecimento ambiental não afetou os parâmetros fisiológicos, porém modulou o comportamento. Não houve diferença nos índices reprodutivos, na taxa de crescimento específico, na ingestão hídrica, no consumo de ração, no coeficiente alimentar e nos índices hepatossomático e gonadossomático entre os tratamentos (ANOVA, p> 0,059). Os tratamentos com cuia e acrílico estimularam a amamentação, o total dos itens reprodutivos e a auto limpeza (ANOVA, p< 0,031).
No entanto, o comportamento agressivo foi maior no acrílico em relação aos demais tratamentos (ANOVA, p< 0,000). Dessa forma, conclui-se que a cuia é uma estrutura que pode ser utilizada para o enriquecimento, pois os animais interagiram da mesma forma com acrílico e exibiram