Engenharia civil
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Parte I - Estática
José Maria O. Sousa Cirne
2007/08
Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra
CAPÍTULO I
DETERMINAÇÃO DAS REACÇÕES DE APOIO
1.1- Introdução
No curso que agora se está a iniciar admite-se que os corpos sólidos são geometricamente invariáveis, onde o deslocamento isolado de pontos ou partes do corpo não pode acontecer. Quando se pretende analisar um corpo isoladamente, é necessário substituir a acção mecânica que sobre ele exerce o meio que o rodeia por elementos a que chamamos forças ou solicitações exteriores. Estas forças classificam-se em forças de volume, de que são exemplo as forças gravíticas e de atracção magnética que actuam no interior do corpo e em forças de superfície que são aplicadas no contorno do corpo e caracterizam a interacção deste com os corpos vizinhos. Conforme se exerçam pontualmente ou em regiões de dimensões não desprezáveis, as forças podem ainda ser classificadas respectivamente como forças concentradas ou forças distribuídas. Todos os corpos sólidos são dotados de propriedades mecânicas que lhes permitem, dentro de certos limites, reagir à acção das forças exteriores sem que haja rotura ou variação sensível das suas dimensões geométricas. Se a um corpo em repouso fôr aplicada uma solicitação exterior, as moléculas que o constituem alteram a sua posição e os deslocamentos mútuos entre elas continuam até que o equilíbrio entre as forças exteriores e as interiores seja estabelecido. Diz-se então que este corpo está no estado de deformação. Durante a deformação as forças exteriores actuantes produzem trabalho que é, completa ou parcialmente, transformado em energia potencial de deformação elástica. Se as solicitações que produziram a deformação diminuirem gradualmente, dá-se um retorno parcial ou completo do corpo à sua posição inicial de repouso. Durante a fase