enfermeira
*Marília Medeiros Silva
** Joelma Aparecida de Lima
RESUMO
Esta revisão bibliográfica tem como objetivo tomar conhecimento da organização e o processo de trabalho do profissional da enfermagem, identificando os principais fatores de risco associados às dores na coluna desses profissionais, além de analisar as propostas de prevenção descritas pelos autores estudados. Para tanto foram pesquisados principalmente autores brasileiros, considerando a realidade da enfermagem em nosso país. A caracterização desse profissional mostrou que a maioria é do sexo feminino e de nível socioeconômico baixo. Os fatores de risco associados às dores na coluna mais destacadas foram divididas em ergonômicos e traumáticos.
Palavras-chave: Dores nas costas. Enfermagem. Fatores de risco. Prevenção.
1. Introdução:
Há um interesse cada vez maior de se estudar como o trabalho pode determinar o aparecimento de certas doenças. Assim sendo as lesões do sistema musculoesquelético, mais precisamente as dores na coluna, tem despertado a atenção por serem importantes causas de morbidade, de aumento do absenteísmo e da incapacidade temporária ou permanente do trabalhador, com custo expressivo, não só pela perda de dias de trabalho, mas também pelos gastos com benefícios previdenciários e pelo tratamento medicamentoso e fisioterápico (ALEXANDRE, 1993).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a relação das dores nas costas com o trabalho geralmente ocorrem por fatores ergonômicos e traumáticos. Determinados grupos ocupacionais tem sido mais estudados, com destaque para a profissão de enfermagem. Esses profissionais lidam diretamente com dor, sofrimento e morte, o que interfere na organização e nas condições de trabalho e os expõe a um desgaste físico e mental intenso. A organização do trabalho diz respeito à divisão técnica e social do trabalho, à hierarquia intensa dos trabalhadores, ao controle por parte da empresa do ritmo e das pausas