Enfermagem
Luzia Marta Bellini Adriano Rodrigues Ruiz Universidade Estadual de Maringá (UEM) Relata a investigação desenvolvida no período de agosto de 1994 a julho de 1996, intitulada Adultos Trabalhadores em Processo de Alfabetização: um Estudo sobre a Inteligência Prática e a Autonomia Moral, e traz reflexões sobre as representações da escola e do conhecimento e sobre as condutas cognitivas, éticas e morais de um grupo de alunas do Projeto de Alfabetização de Adultos da Universidade Estadual de Maringá (UEMPR). As idéias apresentadas orientam-se em estudos piagetianos sobre a inteligência prática e a construção da moral e suas relações com o processo de escolarização. Introdução
O conhecimento é um mistério. Marina A escola não é um lugar da alegria. Herminia
Autonomia moral e autonomia intelectual são expressões muito freqüentes no universo educacional, que têm sido usadas, geralmente, como slogans educacionais, portanto, deslocadas de discussões que tenham um caráter reflexivo mais consistente. A partir dessa compreensão e tomando por orientação aportes piagetianos acerca da temática, percebemos como problema significativo a busca da identificação de ambientes educacionais que favoreçam o exercício da autonomia moral e intelectual.
Com preocupações dessa natureza, neste texto, relatamos uma pesquisa, desenvolvida no período de agosto de 1994 a julho de 1996, com alfabetização de adultos, cujo tema foi Adultos Trabalhadores em Processo de Alfabetização: um Estudo sobre a Inteligência Prática e a Autonomia Moral. Centramo-nos na questão da autonomia moral, da autonomia intelectual e da inteligência prática, buscando subsídios para reflexão acerca de possibilidades da escola como ambiente próprio para o exercício da autonomia. Nossa investigação, com alunas do Projeto de Alfabetização de Adultos da Universidade Estadual de Maringá, desenvolveu-se em torno de dois contextos, o primeiro com as pessoas falando da escola, da