enfermagem
M.F., sexo feminino, 60 anos, casada, dois filhos, portadora de leucemia mieloide aguda (LMA). Foi internada para transplante de medula óssea (TMO). Apresentava os seguintes sintomas antecedentes: câncer de ovário bilateral, com histerectomia total e quimioterapia. Evoluiu no 5º dia pós-TMO pancitopenia (diminuição de todas as linhagens celulares do sangue) com rebaixamento do nível de consciência, taquipneia, dispnéia intensa e disfunção renal. Foi transferida para a unidade de terapia intensiva (UTI), onde foi submetida à Entubação endotraqueal. Suspeitava-se de infecção pulmonar, posteriormente confirmada na cultura do lavado brônquico. Com base nessa suspeita, iniciou-se amplo esquema antimicrobiano. Foi iniciada hemodiálise em virtude da insuficiência renal aguda (IRA) por necrose tubular aguda (NTA) secundária à sepse.
Apresenta-se sedada com uso de dormonid e fentanil, edema de face e membros superiores e inferiores, incluindo sangramento ativo e lesões orais. Mantém sonda nasoenteral (SNE) somente para medicações. Recebe dieta parenteral por cateter central. Hemodinâmicamente estável, ausculta cardíaca com bulhas ritimicas e normofonéticas sem sopros, ausculta respiratória com murmúrios vesiculares diminuídos nas bases, mantendo ventilação mecânica com pressão controlada, FIO2 = 40%, SatO2 = 95%, boa perfusão periférica, sem cianose de extremidades. Abdome globoso com diminuição de reuidos hidroaéreos, eliminações fisiológicas presentes, com oliguria e urina de aspecto concentrado, sendo submetida a sessões de hemodiálise. Apresenta pele ressecada. Sinais vitais: pressão arterial (PA) = 100/60 mmHg, freqüência cardíaca (FC) = 125 bpm, freqüência respiratória (FR) = 14 rpm, temperatura axilar = 36,5ºC. O esposo da paciente e um dos filhos relatam a enermeira da UTI que não conseguem mais realizar as suas atividades da vida diária depois da transferência da paciente para a UTI, pois acreditavam que o transplante teria sucesso