Enfermagem
A obesidade, como problema de saúde pública, é um evento recente no país, e sua prevalência nunca se apresentou em grau epidêmico como na atualidade”. É o que alerta Camila Yamaguchi, formada no curso de Nutrição do Centro Universitário do Estado do Pará- Cesupa, em sua monografia “Perfil de Sobrepeso e Obesidade na População adulta de Belém”, em que relaciona fatores sociais ao desenvolvimento do problema de saúde.
O trabalho de pesquisa analisou a população adulta de Belém, a partir do Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). As entrevistas foram realizas via telefone (SIMTEL), com o número mínimo de 2000 indivíduos, que responderam a um questionário, incluindo as variáveis sexo, idade, escolaridade, peso e altura. Foi feita a análise dos perfis sócio-demográfico e nutricional, aplicando a essas amostras fatores de ponderação que levaram em conta diferenças demográficas entre a população com telefone e a população total do Município.
A partir dos dados coletados, a nutricionista verificou que a obesidade pode estar relacionada ao nível de escolaridade dos pesquisados. Conforme constatou, o grau de conhecimento entre os homens não acusou nenhuma relação com o excesso de peso. Entretanto, entre as mulheres, o tempo de estudo (12 ou mais anos) revelou uma importante arma para controle do excesso de peso. “A chance de ter excesso de peso nesse nível de instrução foi significativamente menor em relação aos demais níveis inferiores de ensino. O grau de escolaridade pode, portanto, ajudar a prevenir tendências crescentes à obesidade nas mulheres, porque pode ser decisiva para a qualidade do auto-cuidado e para a capacidade de interpretar informações relativas a comportamentos preventivos para proteção da saúde”, assinalou Camila.
Após realizar uma análise multivariada, em estudos realizados no Brasil no período de 1975 e 2003, a autora observou que o nível de escolaridade é a variável