PROTETORES AUDITIVOS Prof. Samir N.Y. Gerges, Ph.D. Supervisor do Laboratório de Ruído Industrial (LARI) Universidade Federal de Santa Catarina – Departamento de Engenharia Mecânica Campus Universitário – Bairro Trindade – Cx.P. 476 – Florianópolis – SC Tel: (0xx-48) 3319227, 2344074, 3317095 Fax: (0xx-48) 2320826 e-mail: samir@emc.ufsc.br 1. INTRODUÇÃO: É fato conhecido que os protetores auditivos (PA) reduzem o ruído no ouvido. A prova disto é que a simples colocação dos dedos nos ouvidos, como boa vedação, reduz a sensação de ruído. Então, os protetores auditivos funcionam bem, e são a única salvação para a proteção do trabalhador contra os altos níveis de ruído e a perda auditiva permanente. O protetor auditivo é a solução mais comum e usada em nível mundial, nos casos em que as técnicas de controle de ruído não são disponíveis de imediato, ou até que ações sejam tomadas para redução de ruído nas fontes, trajetórias ou receptores até limite permitido. Existe transmissão do ruído através dos ossos, tecidos humanos e pés para o sistema auditivo, com uma diferença de quase 45 dB em relação a transmissão do ruído via ar no canal do ouvido externo. Isto é, o efeito de vazamento do ruído via transmissão pelos ossos e tecidos, começa a ser importante para os protetores que fornecem atenuação superior a 45 dB. A conclusão é que esta transmissão do ruído via ossos e tecidos pode ser ignorada. Existem muitas dúvidas e discussões entre os especialistas e usuários dos PA e também nos processos jurídicos em níve l nacional e internacional. Este artigo fornece informações em nível mundial adquiridas pelo autor, durante os 30 anos de experiência e, especialmente, pela sua participação nas reuniões das normas ISO do PA. 2. ATENUAÇÃO DE RUÍDO DO PROTETOR A atenuação de ruído fornecido pelo PA depende de vários parâmetros relacionados: 1- Usuário: formato e geometria do ouvido, colocação do protetor e experiência do usuário no uso do PA; 2- Tipo do protetor: projeto mecânico do