Responsabilidade sociambiental
Por: Evandro Prestes Guerreiro1 questão da Responsabilidade Social se tornou o ponto de partida para o estabelecimento do compromisso das empresas e organizações privadas com o ambiente em que se inserem e com a comunidade que direta ou indiretamente se apresentam como demanda social.
Responsabilizar-se socialmente é antes de tudo o despertar da consciência coletiva de indivíduos que assumem a postura de comprometimento com os destinos da geração futura. Isto, aparentemente, pode não significar muito para um observador desatento, entretanto, traduz o próprio significado da solidariedade humana e da capacidade das organizações assumirem um papel para além de uma simples ação de ajuda emergencial ou tática de marketing social para maximizar ganhos às custas da exploração da ignorância de determinada parcela da sociedade.
O propósito neste debate é entender os meandros da Responsabilidade Social e seu impacto dentro e fora das organizações, como a questão se insere no campo da iniciativa privada com finalidade lucrativa, faremos um recorte histórico e apontaremos os pontos de aproximação e distanciamento das ações de Responsabilidade Social que uma empresa pode desenvolver no cenário atual.
Entretanto, quem deve assumir as ações de Responsabilidade Social? A primeira vista, tendemos a seguir a lógica histórica de formação do Estado e apontar o poder público como principal agente promotor da cidadania e da garantia do melhor atendimento às causas sociais. Entretanto, a limitação das políticas públicas de proteção e seguridade social fez emergir um novo ator neste contexto: as organizações civis e comunitárias, sem finalidade lucrativa, qualificadas como organizações não governamentais, em oposição às instituições governamentais.
Para evitar qualquer conflito conceitual vale ressaltar que as organizações civis e comunitárias ou não governamentais, sem finalidade