Energia solar
A Terra recebe continuamente do Sol energia equivalente a 1,9 cal/cm2 • min (aproximadamente, 1,3 kW/m2). Esse valor é conhecido como constante solar. Entretanto, é preciso lembrar que, na verdade, boa parte da energia solar é refletida pela atmosfera, não alcançando a superfície do planeta. Mesmo assim, admitindo que cerca de 30% retornem para o espaço, o solo é atingido por algo em torno de 1,4 cal/cm2 • min, equivalente a 0,91 kW/m2. Isso significa dizer que uma área de 100 m2 (um quadrado de 10 m de lado, por exemplo) recebe, em 12 horas de insolação, uma quantidade de energia de 94 • 106 calorias, isto é, aproximadamente, 4 • 108 joules, suficiente, se totalmente absorvida por 100 toneladas de água, para aumentar em quase 10 °C sua temperatura. Portanto, é bem grande a quantidade de energia solar que chega ao solo e está disponível para o uso. O problema é como captá-la de modo econômico, isto é, de maneira que o custo da captação não seja elevado a ponto de inviabilizar o processo.
Existem basicamente três maneiras de efetuar o aproveitamento da energia solar que analisamos a seguir.
Captação passiva
A captação passiva é o processo mais antigo e rudimentar de uso da energia solar de que se tem conhecimento. Quando faz suas habitações estrategicamente situadas para ter uma boa insolação, ao posicionar janelas e telhados de modo a receber uma maior quantidade de radiação do Sol, ao se preocupar em construir estufas para o cultivo de plantas, o ser humano está cuidando de melhorar o rendimento da captação passiva da energia solar. Evidentemente, essa captação vem sendo aprimorada cada vez mais