energia solar
A energia solar se distribui pela superfície terrestre de modo desigual. O valor da constante solar (mencionado no módulo anterior) é um valor médio, isto é, há regiões que recebem em sua superfície mais do que 1,4 kW/m2 e outras que recebem menos. Uma das razões disso é o fato de que os raios solares que atingem a Terra, isto é, que formam a radiação solar, são praticamente paralelos entre si; outra razão é ser a Terra um corpo praticamente esférico, apenas ligeiramente abaulado nos polos. Vejamos como essas circunstâncias alteram a distribuição da energia recebida pela Terra.
A distância Terra-Sol (1,5 x 108 km) é muitíssimo maior do que o diâmetro solar, que mede aproximadamente 1,4 x 106 km; isso significa que a distância Terra-Sol é quase 107 vezes maior. Dois raios luminosos emitidos de pontos diametralmente opostos do Sol poderão chegar ao nosso planeta com um ângulo máximo igual ao diâmetro solar dividido pela distância Terra-Sol (veja a figura 1, que não está desenhada em escala). Então esses raios formarão entre si um ângulo de aproximadamente
1,4 x 106 km / 1,5 x 108 km ≈ 0,0097 radiano ≈ 0,56º
Esse é o ângulo sob o qual você veria, por exemplo, uma moeda de 1 real colocada a 2,5 metros de seus olhos.
Sendo de 0,56º a separação angular máxima entre dois raios luminosos provenientes do Sol, está claro que, do ponto de vista prático, eles podem considerar-se como paralelos; afinal, retas paralelas são as que formam entre si um ângulo nulo e 0,56º é um ângulo pequeno.
Sendo a Terra praticamente esférica, o ângulo dos raios solares com a superfície terrestre varia de uma parte a outra de nosso planeta. A figura 2 representa a Terra com sua atmosfera e ilustra o fato de que, em cada metro quadrado da região equatorial a radiação solar incide perpendicularmente e nas