energia geotermica

1. INTRODUÇÃO

A sociedade e o ser humano são construídos e modificados pela tecnologia desde os primórdios da existência. Pode-se citar inúmeras invenções que promoveram profundas alterações no cotidiano do ser humano como a invenção da imprensa e o uso da eletrcidade. Para o desenvolvimento tecnológico, porém, é necessária a utilização de energia, a qual, desde a Primeira Revolução Industrial até os dias atuais, é não renovável, principalmente o carvão e o petróleo. A energia não renovável, como o próprio nome induz, é um recurso finito e só por esse argumento sua utilização já fica comprometida. Além disso, normalmente, esse tipo de energia traz consigo um prejuízo ambiental muito grande. Utilizando o petróleo como exemplo, a previsão é de que esse recurso chegue ao seu fim em 40 anos (TREGOUET, 2008). Ademais, a queima desse combustível gera o dióxido de carbono e de enxofre, agravando o efeito estufa e a chuva ácida. É preocupante saber que 81% da matriz energética mundial e 53% da nacional (gráfico 1) é proveniente de recursos fósseis, segundo números da Agência Internacional de Energia. Esses dados demonstram tamanha dependência dos países aos recursos que tem um fim determinado e a falta de desenvolvimento em energia renovável. Além disso, depender apenas dos recursos fosséis ocasiona, para países não produtores desses recursos, uma forte depenência do mercado internacional e, consequentemente, da política internacional. Vale lembrar da crise do petróleo em 1973, na qual a OPEP subiu o preço do barril de petróleo, causando uma recessão nos EUA e Europa. Por isso, faz-se necessária uma revisão da matriz energética. A energia renovável tem que ser fomentada e pesquisada para que possamos reverter um panorama que trará fortes turbulências no futuro. Imbuídos desses pensamentos, discutir-se-á sobre a energia geotérmica que é uma fonte renovável e disponível a uma grande parte do mundo, já que essa é proveniente do calor interno da Terra.