Energia eólica
A energia do vento (eólica) pode garantir 10 por cento das necessidades mundiais de eletricidade até o ano 2020, criar 1,7 milhão de novos empregos e reduzir a emissão global de dióxido de carbono na atmosfera em mais de 10 bilhões de toneladas. Estes são os principais dados de um novo relatório internacional elaborado pelo Greenpeace, pela Associação Européia de Energia Eólica (EWEA) e pelo Fórum pela Energia e Desenvolvimento e lançado hoje em Bruxelas (Bélgica) durante um seminário sobre fontes de energias renováveis.
O relatório "Wind Force 10: A Blueprint to Achieve 10% of the World’s Electricity from Wind Power by 2020" mostra que um total de 1,2 milhão de Megawatts (MW) de energia eólica pode ser instalado ao redor do mundo até 2020, produzindo mas que o total de energia necessária para alimentar toda a Europa hoje.
"A assinatura do Protocolo de Kyoto sinalizou para a indústria de energia o início do fim do uso de combustíveis fósseis", diz Corin Millais, da Campanha de Energia Renovável do Greenpeace. "Os governos devem agora agir para estabelecer um marco legal que inclua prazos para implantação de fontes energéticas renováveis. Não há desculpa para a passividade porque a energia eólica tem todas as condições de substituir de forma lucrativa as fontes tradicionais de energia".
Até o ano passado, a força do vento foi a fonte de energia de maior crescimento no mundo, com uma média de 40,2 de crescimento ao redor do mundo entre 1994-1998 e 10 mil Megawatts de capacidade instalada em mais de 50 países, incluindo o Brasil. Apesar de suprir cerca de 10% nas necessidades de eletricidade da Dinamarca, por exemplo, a contribuição da energia eólica em todo o mundo permanece abaixo de seu potencial, com uma média de 0,15%.
"O Brasil poderia ter uma participação efetiva e estratégica neste mercado porque possui áreas excelentes para captação de